sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Júbilo e Desalento... e Ódio

Antes de ler este conto, leia esse!!!


Por um instante, o mundo inteiro parou. Mesmo os ventos tiveram de interromper seu curso. Energias, como o fogo, também não foram poupadas.

De seu trono, a rainha Fantasia moveu a mão com a qual segurava seu cetro dourado e tudo voltou ao normal. Deu uma gargalhada contagiante que ecoou por todo o santuário e voltou-se para seu velho companheiro, o Júbilo, que acabava de chegar. Seu maior sonho desde que fora criada era parar a Terra. E como aquele era um bom momento, depois de tempos realmente ruins, aproveitou para realizar o feito, mesmo que por milésimos de segundo.

Os tempos, anteriormente, foram ruins porque a deusa teve ao seu lado o Desalento, comumente conhecido como Tristeza. Às vezes, a Fantasia não podia entender a humanidade. Como podiam dar poder àquele deus franzino e choroso? Como podiam deixá-lo cobrir o planeta em que viviam com um manto negro? Imagine quão péssimo era aquilo! Mas, após longa espera, tudo melhorou para a deusa. A humanidade descobriu uma brecha no manto. Foi assim que reencontraram o Sol, a representação do Júbilo. Seguindo sugestões murmuradas pelo deus, muitos começaram a cobrir-se de cores que o Bom-senso julgaria incompatíveis. Mas isto não afetava aquelas pessoas; poucos ainda davam valor ao deus desaparecido. O manto foi rasgado gradualmente, tirando o poder do Desalento e o deus acabou se recolhendo em um iglu no Polo Norte.

Assim se deu a transição da geração emotiva para a colorida.

O Ódio tinha um simpático sorriso estampado no semblante quando entrou na sala do trono com bebidas para todos. Quando virou-se para sair do local, porém, seus olhos brilharam com maldade. O que se passava em sua mente? Poder. A humanidade dava valor a coisas fúteis. Distraíam-se excessivamente, Fechavam os olhos enquanto o trabalho dele dava resultados cada vez maiores.

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